A crença sobre "quem é bom em matemática e quem não é" influencia no desempenho de meninas nas disciplinas de matemática durante a educação básica, afirma pesquisa.
Uma pesquisa mostrou que, embora inciem o ano letivo com habilidades comparáveis em matemática e ciências tanto no ensino fundamental quanto no ensino médio, as estudantes do sexo feminino terminam o ano com desempenho menor na disicplina que os alunos do sexo masculino. Diminuindo a probabiidade de essas meninas se formarem na faculdade com um diploma em áreas STEM (ciências, tecnologia, engenharia ou matemática), se comparado aos seus colegas do sexo masculino.
A demanda por trabalhadores qualificados nas áreas de tecnologia é alta e espera-se que cresça. O Bureau de Estatísticas do Trabalho dos Estados Unidos apresentou um relatório com um aumento de aproximadamente 1,7 milhão de novos empregos nos Estados Unidos entre 2012 e 2022 no campo. Dado que as mulheres recebem 57% de todos os diplomas de bacharel nos Estados Unidos, a queda desproporcional de mulheres em STEM tem um efeito desproporcional na preparação para força de trabalho nacional e na capacidade mais ampla dos Estados Unidos de impulsionar a inovação e competir no mercado mundial. Tudo isso se traduz em uma escassez de mulheres trabalhando em campos STEM(ciências, tecnologia, engenharia ou matemática), que estão entre os setores de crescimento mais rápido, melhores remunerados e de maior necessidade na economia atual. Além disso, as poucas mulheres que buscam empregos na área têm menos probabilidade do que os homens de ocupar posições de liderança, o que sugere que as barreiras de gênero existem não apenas na escola, mas também no ambiente de trabalho.
Os dados indicam que as meninas começam bem em matemática e ciências, mas começam a perder o interesse e a confiança em suas habilidades à medida que avançam nos estudos. Em muitas regiões no nível da escola primária, por exemplo, uma porcentagem igual ou maior de meninas alcança proficiência padrão em matemática e ciências em comparação com os meninos. No entanto, no nível da escola secundária, as coisas começam a mudar. O Programa de Avaliação Internacional de Estudantes (PISA), que testa habilidades e conhecimentos entre estudantes de 15 anos em 65 países e economias, mostra que a maioria dos meninos e meninas têm desempenho semelhante em ciências, e a diferença em matemática é muito pequena, com os meninos apresentando apenas 2% a mais. Contudo, meninas e mulheres são sistematicamente direcionadas para longe das áreas de ciências e matemática ao longo de sua educação, limitando seu acesso, preparação e oportunidades para seguir carreiras nessas áreas quando adultas.
"Disparidades de gênero no desempenho não derivam de diferenças inatas de aptidão" Relatório da OCDE. Meninas "carecem de autoconfiança" em sua capacidade de resolver problemas de matemática e ciências, alcançando resultados piores do que alcançariam de outra forma, apesar de superarem os meninos no geral, de acordo com um estudo internacional sobre igualdade de gênero nas escolas realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O relatório afirma ainda que essa disparidade deriva também das atitudes das estudantes em relação à aprendizagem e seu comportamento na escola, de como escolhem gastar seu tempo livre e da confiança que têm em relação à disciplina. o relatório observou que as meninas em Xangai - a participante de melhor desempenho na última rodada de testes da OCDE - tiveram pontuações mais altas em matemática do que os meninos na maioria dos outros países. A OCDE atribui ainda a desvantagem das meninas em matemática e ciências à baixa expectativa entre pais e professores, bem como à falta de autoconfiança das alunas em resolver problemas matemáticos.
“Quando os alunos têm mais autoconfiança, eles se dão a liberdade de falhar, de se envolver nos processos de tentativa e erro que são fundamentais para adquirir conhecimento em matemática e ciências”, afirma o relatório.
Iniciativas que aceleram mudanças que levarão ao fechamento da lacuna de gênero requer esforços concentrados em todos setores da sociedade. Por isso, listamos aqui 5 atitudes capazes de mudar expectativas sociais e estereótipos associados a áreas de estudo e carreira em STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática):
Preferências individuais e motivação intrínseca podem levar os alunos a escolher caminhos diferentes, mas precisamos destacar a importância de fornecer modelos de referência diversos e superar estereótipos de gênero nas escolhas educacionais e de carreira.
De acordo com a Nota do Governo Federal sobre o PISA 2022, entre 2012 e 2022, o desempenho em matemática diminuiu entre os meninos, mas permaneceu estável entre as meninas. As diferenças de gênero no desempenho em matemática seguem a seguinte ordem:
Pra saber mais: